quinta-feira, 2 de julho de 2009

O Anzol!

Com a idéia de fazer desse espaço um local comum de convivência e troca de todos os tipos de informações relacionados à pesca resolvi começar a postar sobre nossas amadas ferramentas de trabalho, NOSSA TRALHA e a primeira da serie diz respeito ao anzol.

Procurei juntar os meus conhecimentos sobre o assunto, com as informações dos meus arquivos, como revistas, jornais, artigos e algumas sabedorias da internet, pois vejo que dessa forma estou bem assessorado para compartilhar o pão e somar o trigo, ou seja, este espaço é nosso, então se você possui informações a acrescentar fique a vontade e seja sempre bem vindo.

Uma pequena historia sobre o Anzol.

Nada melhor do que “começar pelo começo”. O anzol surgiu a mais de 30.000 anos, e aquela velha historia de o homem criar ferramentas que o ajudem na sua sobrevivência e em sua vida cotidiana, e o anzol é um item dessas criações. Quanto ao material que eram feitos os anzóis, os historiadores acreditam que tenham sido feitos, a principio de materiais não muito duráveis como, por exemplo: a madeira que era abundante e de melhor manipulação na época, alem de outros materiais como: conchas, chifres e ossos. Muitos historiadores dizem que a madeira não era um material muito eficiente por a madeira boiar é por não atingir a todos os tipos de peixe, e como o homem usa o racional, criou se mais uma variação da tralha a partir dessa necessidade. Com a ideia de fazer o anzol chegar ao fundo criou se um outro item, que hoje e conhecido como chumbada que naquele tempo poderia ser feito de qualquer material que afunda se como as Pedras, desse momento em diante o anzol passou a chegar também aos peixes de fundo. Esses Tataravôs dos anzóis foram encontrados em muitos paises diferentes como Checoeslovaquia, Egito, Palestina e Noruega.

Ao redor dos rios Eufrates e Tigre foram feitas diversas descobertas de anzóis feitos de Cobre com data por volta de 4.000A.C.. Nesses locais eram repletos de peixes e era uma civilização com muitos pescadores.

A transição da madeira para o ferro, bronze e aço começou a ser feita com maior liberdade, e com o tempo a fabricação dos anzóis foi ficando cada vez mais restrita a especialistas (Ferreiros). Dessa época em diante os anzóis já se pareciam muito com a forma que conhecemos hoje. Os Tataravôs dos anzóis:











O Anzol.
O anzol para muitos Amigos Pescadores, é um item da tralha que não devemos nos preocupar, mas na verdade esse pequeno “pedaço” de metal contorcido e um fator decisivo na pescaria, que se não for bem escolhido pode arruinar o dia do pescador.

O anzol pode ser feito de Ferro, Aço ou Aço Inoxidável(usado em água salgada).
Para um anzol ser ótimo, ele deve ser Penetrante (ponta aguçada, ser muito afiado), Resistente (forte e ter a capacidade para manter o peixe fisgado) e ter Durabilidade (ser durável), porem como essas três características são de difícil conciliação, busca se uma ou outra dependendo da pescaria a que se pretende realizar, por exemplo: pesca leve e pesada, ou seja, o foco muda de acordo com o que pretende fisgar. Na pescaria de peixes menores o anzol deve ser o famoso “Matador”, que fisga o peixe com muita facilidade, isso muda em relação a peixes de grande porte, que nesse caso busca se um anzol com maior resistência, tem que ser forte.
Os Anzóis podem ser simples com uma única haste(o mais usado), duplo ou triplo(Garatéia).
O Anzol Chapinha e o tipo do anzol que tem seu orifício achatado sendo esse mais resistente que os argolados, isso porque, os de chapinha não passam por outros processos que os argolados passam durante sua fabricação.
Foto do chapinha:


A Garatéia e um tipo de anzol com duas ou três pontas para ser usado com isca natural ou artificial.
Garatéia: Qual Anzol a ser usado.
Para saber o tamanho do anzol a ser usada deve se, em 1º lugar saber o que pretende pegar, que tipo de peixe (espécie) o amigo pescador pretende fisgar.
Em 2º lugar é importante conhecer o peixe que se pretende fisgar, saber o seu tamanho, seus hábitos alimentares, posição e tamanho da boca, se ele é de superfície ou de fundo.
Sabendo se que peixe pretende fisgar, após conhecer seus hábitos e porte físico o Amigo Pescador saberá com mais precisão que tipo de anzol deve ser usado. Com um anzol muito grande dificilmente (dependendo da espécie), um peixe conseguira acomoda-lo na boca por outro lado, com um anzol muito pequeno o peixe sofre mais com o seu estrago, podendo o peixe engolir e causar danos aos seus órgãos. Peixes com um porte grande e com a boca menor ou mais sensível usa se um anzol menor ou com uma espessura mais fina por ser mais penetrante, um peixe com a boca maior, como a Pirarara usa se um anzol de tamanho maior em media 8/0.

O numero que define o tamanho e o tipo do anzol e usada de uma maneira diferente por cada fabricante, a mais comum a ser usada e da Marca Mustad (A Mustad produz mais de 18 mil modelos diferentes, para todos os tipos de peixes e pescarias). O tamanho do anzol e inversamente proporcional a sua numeração.
A NUMERAÇAO DOS ANZOIS:

Breves Características:

A Espessura esta relacionada à resistência do anzol, os anzóis finos são muito bons para fisgar peixes com a boca mais frágil e sensível como as Carpas, e para peixes com lábios grossos. Os anzóis finos, por ser fácil de penetrar são melhores na fisgada e machucam menos o peixe. Com a fisga sempre afiada, a eficiência no ato de fisgar o peixe e muito maior.
Embora a cor do anzol não seja tão relevante, e muito comum escutar por ai que ágüem fisgou um peixe sem isca, isso pode acontecer devido ao peixe ser atraído pela cor do anzol.
Anzois coloridos:





















A conservação do anzol merece uma atenção redobrada. Um anzol enferrujado além de poder perder um bom peixe fisgado por se romper, tem outro fator ainda mais relevante, o Amigo Pescador pode se ferir com o esse anzol e ter o risco de pegar uma infecção por Tétano, anzol enferrujado só trás riscos ao Amigo Pescador.
Anzol enferrujado:



Lembre se que esse espaço e compartilhado com você Amigo Pescador, acréscimos são sempre bem vindos.


Abraços e att.
Alexandre.


4 comentários:

  1. Parabéns pelo texto!! Informação de qualidade.
    Abs.

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  2. Muito obrigado Jobson! Tanto pelo elogio, quanto por ser um novo Membro do blog!
    E seja sempre bem vindo.

    Abraço e att.

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  3. Olá, parabens pelo artigo, mto esclarecedor, continue nos orientando.Marcão.

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  4. Parabéns pelo artigo, continue sempre assim.
    Abraços.

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