sexta-feira, 17 de julho de 2009

Sobre Linhas.

Muitas duvidas surgem em relação a linha no que diz respeito a qual usar: no molinete, na carretilha, vara telescópica ou ate mesmo no bambu. Usar Monofilamento? Multifilamento? O que é Flúor carbono? As cores influenciam? E quanto ao diâmetro? O que e a memória da linha? São essas algumas das duvidas que procurarei esclarecer, informar e solucionar ao amigo e pescador.

A principio, a linha usada para a pesca era feita de fibras derivadas de vegetais ou de animais como, por exemplo: o algodão, a seda, o linho, pelos entrelaçados. Eram usadas amarradas a uma vara ou como “linhada”. Nesse meio tempo a crina e os pelos do rabo do cavalo, eram usadas na técnica Fly(mosca) Casting(....), isso por volta do século XVII. Através dos tempos as linhas do passado foram ganhando novas características ate a chegada ao tempo atual, onde se emprega muita tecnologia no desenvolvimento e na produção da linha de pesca, afim de obter uma melhor eficiência e aproveitamento na pescaria.


Existem três tipos de linhas mais comumente conhecidos: As de Monofilamento (fibras monofiladas: o náilon, a poliamida e o poliéster: compostas por apenas um filamento, ou seja, uma única linha,), as de Multifilamento (confeccionadas por múltiplos filamentos) e as Flúor carbono (fios de carbono cobertos com uma película de flúor).

As chamadas de MONOFILAMENTOS tiveram sua invenção efetivada em 1938 com a invenção no nylon e tal invenção revolucionou o “mundo” da pesca. Essas linhas são as mais comumente usadas, tanto pelos pescadores de água doce como os de água salgada, pescadores profissionais ou amadores, e por se tratar na maioria das vezes de uma linha com o custo mais acessível e de maior “Oferta”, uma linha mais tradicional é mais fácil de ser encontrada tornando se mais abundante no mercado. Ela e usada tanto para pescar peixes pequenos como peixes enormes. A linha tem uma espessura que varia de 0,10mm a 4,00mm, no caso das linhas de 1,00mm para cima são estritamente usadas em pesca industrial no que diz respeito à confecção de redes ou na pesca oceânica podendo também ser usadas como Leader (linha de arranque que é usada geralmente com uma linha mais fina, ou seja, e uma linha mais grossa que fica a frente juntamente com o anzol ou isca que esta sendo usada, ela tem a finalidade de suportar a fase entre a fadiga do peixe e sua ultima força após a briga e também no arremesso feito com pesos maiores). Normalmente são linhas com uma elasticidade maior.

MULTIFILAMENTOS também conhecidas como as super-linhas (fibras sintéticas: Kevlar, Spectra, Dyneema, são matérias primas de quase todas as linhas de multifilamento): linhas trançadas, confeccionadas por múltiplos filamentos o que proporciona uma linha com uma espessura menor e altamente resistente, essas linhas normalmente recebem uma resina anti-abrasiva aumentando o seu ciclo de vida. A tecnologia empregada nessa linha quanto à resistência supera o aço em ate 10 vezes, segundo os fabricantes.

As linhas de multifilamento provocam um desgaste no equipamento de pesca muito maior que as de monofilamento, porem tal desgaste e recompensado pela possibilidade de ter mais linha no carretel, ter maior resistência, maior sensibilidade na fisgada e uma baixa “memória”. Existem passadores de vara, molinetes e carretilhas apropriados para a linha de multifilamento. Se for comparado uma linha multi com uma linha mono vemos que a multi e cerca de 4 vezes mais resistente que a mono se levar em conta a espessura (milimetragem) da cada linha, por exemplo: uma linha 0,25mm monofilamento suporta em media entre 3,5kg e 6kg, já a linha de multifilamento com a mesma espessura suporta em media, entre 15kg e 20kg. Se ainda comparado em relação à espessura e resistência, uma linha multi de 0,25mm teria a mesma resistência que uma linha mono de 0,45mm. Em um molinete ou carretilha cabe muito mais linha multifilamento do que mono, por ter uma espessura bem menor. Mas possui algumas desvantagens, ela e uma linha bem menos elástica que a linha mono, e bem mais cara, e menos acessível, traz pequenos danos ao equipamento que não estão preparados para recebe lá, tem baixa resistência ao nó e problemas nas emendas.

As linhas Flourocarbon: fios de carbono com flúor tambem conhecidas como linhas mistas, são formadas por filamentos de aramida recobertos de resinas de nylon. São pouco usuais por terem preços elevados, mas têm um bom desempenho. Apresentam maciez, resistência linear e resistência a abrasão. Também podem ser linhas fundidas, são assim chamadas por serem feitas de vários filamentos colados e não trançados cobertos por uma camada de gel, que faz com que tenham uma aparência lisa. São usadas em muitas vezes como Leader. Custo alto o que torna essa linha menos acessivel.

Características das linhas

Diâmetro: Também chamado de bitola, espessura ou grossura da linha, na maioria das vezes é informado pelos fabricantes em milímetros, em alguns raros casos e informando em polegadas. Lembrando que são duas “medidas” diferentes. Quanto maior o diâmetro da linha maior sua resistência. O diâmetro da linha e informado no carretel com a seguinte especificação: 0,00mm.

Resistência: É informado no carretel, na maioria das vezes logo abaixo do diâmetro. Resistência e a capacidade máxima que a linha tem de suportar peso e normalmente vem expressa em libras (Lbs) ou em kgf (quilograma – força) nos carretéis. Cada libra corresponde a 453 gramas.

Memória: As linhas com Memória são as linhas que após enroladas no carretel do molinete ou carretilha, assim que solta se enrolam com facilidade, ficando espiraladas e causando as famosas cabeleireiras nas carretilhas ou embaraços nos molinetes ou varas de mão, também perde se a capacidade de se atingir uma distancia maior com os arremessos. A sem Memória, é uma linha que assim que solta ela se mantém em sua forma, ou seja, ela se mantém esticada, trazendo benefícios como, por exemplo: arremessos mais longos.

Linhas coloridas ou transparentes: As linhas coloridas tem seu uso variado e especifico dependendo também do gosto do amigo pescador. São as linhas preferidas pelos pescadores que usam a isca artificial, por ser mais visível, neste tipo de pesca é importante ver por onde passam as linhas ou onde caíram as iscas, pois a precisão dos arremessos é fundamental no sucesso da pescaria. Já quando se trata de pesca com iscas naturais, a maioria dos pescadores preferem utilizar linhas transparentes, por acreditar que os peixes podem perceber a linha e não atacar a isca.

Alguns pescadores dizem que a linha colorida espanta os peixes outros acreditam que atraiam o peixe pela curiosidade, o certo e que todas as linhas pegam peixe, o uso depende do gosto de cada pescador e o que cada um acredita ser melhor para sua pescaria. É unânime que quanto menos visível a linha para o peixe melhor. Daí o surgimento de linhas invisíveis ou camufladas que contrastam com o ambiente ou simplesmente ficam imperceptível para o peixe na água. Na verdade, a visibilidade e a cor da linha só seriam importantes caso os peixes, de alguma forma, associassem a visão da linha à noção de perigo.

No geral: Deve-se sempre optar pela linha mais fina possível dentro dos limites do peixe que se pretende fisgar e da pescaria que pretende fazer, com o uso de equipamento: leve, medio ou pesado. E preciso sempre verificar o balanceamento do conjunto: vara, molinete (carretilha) e diâmetro da linha. De ênfase a uma linha mais fina no seu carretel do molinete ou carretilha, alem de caber mais linha no carretel a esportividade e maior, e os arremessos são mais longos. Usando uma linha muito grossa na maioria das vezes não se fisga nada. Não adianta amarrar uma corda no anzol e puxar o peixe que seria a mesma coisa se caso voce optasse por uma linha com uma espessura muito maior do que o necessário na briga com o peixe.

Outro fator importante e em relação ao conjunto: vara – molinete (carretilha) - linha, se não estiver bem balanceado pode causar o fracasso em sua pescaria, como por exemplo: uma vara para ação leve de ate 15lbs com um molinete que no máximo caiba 150 metros de linha 0,30mm, você coloca 50 metros de linha 0,70mm, com certeza você vai ter duas complicações, a primeira ficara totalmente desproporcional e desbalanceado o equipamento, a segunda, caso você fisgue uma Pirarara de 60kg, com certeza ela vai levar os seus 50 metros de linha e você junto para dentro da água, alem de poder partir a vara ao meio e arrebentar com o molinete ou carretilha. Por isso e importante ter uma material balanceado. Caso você tivesse nessa briga 200 metros de uma boa linha 0,30mm com um Leader de 10 metros de linha 0,40mm (para a hora que ele estiver próximo da retirada), contando com um bom trabalho na briga e paciencia, com certeza suas chances seriam bem maiores de mostra lo para a foto, ou então no máximo a linha se partiria e não traria danos ao equipamento e nem você sairia molhado.

Lembrando a linha deve sempre estar associado à categoria do equipamento, ou seja, em uma categoria pesada deve se usar uma linha compatível com o que pretende fisgar, e tambem compatível com o seu equipamento. O recomendado é não usar linha mais grossa do que o necessário.

Todo molinete e carretilha, dependendo do tamanho, possuem uma determinada capacidade de linha, expressamente declarada em alguns modelos. Em condições normais, a espessura da linha para abastecer um carretel deve ficar dentro desses limites, principalmente não se deve colocar menos linha do que a metragem mínima recomendada. De preferência deve-se ter mais do que esse mínimo, especialmente nos molinetes de tamanho e capacidade de linha, que se encaixam com mais ou menos no limite superior da categoria leve. Por exemplo: onde um carretel pode receber 300 metros de linha 0,20, 200 metros de linha 0,25 ou 150 metros de linha 0,30, segundo expressas recomendações do fabricante, o melhor seria pôr 300 metros de linha 0,20. Mas colocando, por exemplo, uns 100 metros de linha 0,35 ou 80 metros de linha 0,40, seria um grande erro.

Na extremidade da linha-mestra (a linha principal com que o carretel do molinete está abastecido) usa-se emendar uns 7 metros de arranque, um segmento de linha mais grossa e forte cuja função é agüentar o impacto dos arremessos, conhecida em inglês por shock leader. Na pesca pesada, pescadores mais experientes preferem aumentar o comprimento do arranque para cerca de 10 metros, para os momentos críticos do embicheiramento, quando o peixe, já bem perto, no raso ou de você, opõe mais resistência dando violentos trancos e cabeçadas, ele estará sendo sujeitado por uma linha mais forte.

O arranque deve representar um acréscimo maior ou menor à linha-mestra conforme a potência do equipamento e o tamanho da chumbada. Nos equipamentos leves, basta dar um acréscimo de 0,10 mm em relação à bitola da linha-mestra, podendo-se aumentar para 0,20 mm ou 0,30 mm face ao uso de chumbadas pesada em vara potente. Por exemplo: linha-mestra 0,20-----arranque 0,30; linha-mestre 0,25-----arranque 0,35; linha-mestre 0,30------arranque 0,40/0,45; linha-mestre 0,40-------arranque 0,60; linha-mestre 0,50------arranque 0,70/0,80.

Em certas situações, o arranque poderá ser aumentado ainda mais, até a medida compatível com o impacto que deverá suportar, independentemente da espessura da linha-mestra. Para efetuar fortíssimos arremessos, por exemplo, com um molinete médio abastecido com linha-mestre 0,20 mm (mais fina do que o normal, em busca de pequenos peixes a grande distância), poderá ser necessário aumentar o arranque para 0,40 mm ou mais, dependendo da potência da vara e do peso da chumbada.


Linhas de Fly:

Uma linha altamente especializada é a usada principalmente na pesca de trutas e salmões com moscas artificiais (fly casting). Como estas iscas não têm praticamente peso, houve necessidade de distribuir-se pela linha o peso que flexiona a vara e que em outros aparelhos está concentrado numa isca pesada ou chumbada. Assim, nessa modalidade desportiva, a linha que é lançada e não a mosca. Por volta do séc. XVII, eram feitas de fios trançados de crina animal (cauda de cavalo), posteriormente de fios de seda e atualmente de nylon recoberto por um plástico especial. Essas linhas são geralmente fusiformes e flutuantes, havendo, porém, para uso em situações particulares, linhas que afundam ou que bóiam parcialmente. Esse propósito é alcançado através de controle e gravidade específica do plástico que recobre a linha. Como existem diversos tipos de varas, de flexibilidade e comprimento diferentes, fabricam-se linhas de pesos diferentes para atender a essas variações. A cada peso corresponde um número que varia de 1 a 12.



*O Cola linha: são colas usadas para fundir uma linha à outra, são usadas em linhas de nylon e não em linhas de multifilalemento. Usadas na maioria das vezes para fazer um leader, linha de arranque, linha que encabeça o lançamento, linha com maior espessura usada para suportar o lançamento. Por exemplo, se você usa uma linha 0,25mm no carretel e quer fazer um arremesso ainda mais longo com um peso maior necessitara de um arranque com uma linha mais grossa, usa se então a cola par fundir uma linha 0,25mm em uma linha 0,40mm (por exemplo). A cola evita que seja dado um nó na linha diminuindo sua resistência e diminuindo o atrito da linha com os passadores, causando uma freada no lançamento. O tempo de secagem e entre 6 a 12 horas, existe uma que leva 5 minutos para secar. Outro termo que li a respeito, que diz que a cola não seca, pois não acontece a colagem e sim a fusão, e fusão não seca para de acontecer e esse período leva em torno de 12 horas. Ela pode ser usada em qualquer situação onde tenha que se unir duas linhas. Para fazer a união das duas linhas, elas são colocadas em um “gabarito” onde a cola e passada sobre as duas linhas sem excesso e deixada para fazer a secagem ou fusão.














Com a tecnologia e a necessidade a fabricação das linhas vem se desenvolvendo para facilitar a vida do pescador, tanto em sua resistência quanto ao tipo de pescaria, hoje existe com certeza uma linha para cada tipo de pescaria, seja uma linha de monofilamento ou uma linha de multifilamento, o certo e que as linhas atendem a todos os pescadores e seus bolsos.

Abraços e att.
Alexandre.
Linha com Bitola Inteligente:
Linha invisivel:

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